segunda-feira, 29 de março de 2010

E-FÓLIO A

RESUMO

A Psicologia do desenvolvimento é a ciência que se foca na área do crescimento humano. Este processo ocorre ao longo da vida através de mudanças que ocorrem na estrutura de um indivíduo. É através destes processos que se incrementou a noção de estádio, estrutura interna com características próprias determinantes na evolução humana, que vai ser usada em algumas teorias conhecidas. Para o estudo do desenvolvimento humano, alguns estudiosos apontam a hereditariedade, outros o meio e a aprendizagem como principais factores para um bom desenvolvimento. Para Arnald Gesell na sua abordagem, defende que o meio e a experiência vivenciada não são relevantes e que hereditariedade é o factor determinante neste processo (nature). Já a abordagem behaviorista salienta o meio e a aprendizagem como essenciais ao desenvolvimento humano (nurture). Conjugando as duas abordagens, ainda existe uma terceira que valoriza quer factores hereditários e maturativos, quer contextuais e de aprendizagem. Assim surgem várias teorias que abordam o desenvolvimento humano.

Freud apresenta a Teoria Psicanalítica através da evolução da psicosexualidade. Ele defende que a sexualidade está integrada no desenvolvimento desde o nascimento, evoluindo através de estádios, com predomínio de uma zona erógena – região do corpo que quando estimulada dá prazer. Cada estádio é marcado por conflitos entre as pulsões sexuais (libido) e respectivas forças opostas. Para este defensor um dos conceitos mais importante é a existência da sexualidade infantil que envolve todo o corpo e é pré-genital, após o nascimento e auto-erótica sendo que a criança se satisfaz com o próprio corpo. Já Erikson, um outro seguidor desta teoria, desviou-se do foco da sexualidade para as relações sociais. Ao longo do desenvolvimento humano o indivíduo vai passando por situações de crise que podem levar a um desfecho positivo ou negativo. Para a sua resolução tem de haver uma reestruturação e modificação com base em situações anteriormente vividas.

Uma outra teoria que aborda o desenvolvimento humano é a Behaviorista, a qual consiste na explicação do comportamento observável, sem considerar os estados mentais que possam influenciar o comportamento. Para os behavioristas a influência do meio era bastante importante para o desenvolvimento do indivíduo.

Jean Piaget por sua vez impulsionou a Teoria Cognitivista. Nesta teoria o indivíduo possui um património genético e vai tendo a capacidade de se adaptar a novas situações vivenciadas ou seja, uma estrutura biológica tendo a função de adaptar o organismo às exigências do meio. Para que essa adaptação seja feita é necessário que exista uma assimilação, processo de incorporação de novos dados nos esquemas mentais existentes e uma acomodação, reajustamento dos esquemas mentais existentes em função do meio. Estes dois processos têm o objectivo de proporcionar aos indivíduos um estado de equilíbrio entre o meio ambiente e as estruturas mentais. Também Vigostsky defende esta teoria, apesar de salientar o papel da sociedade como fundamental para o desenvolvimento. Este defensor faz referência também à noção de zona de proximidade, isto é o espaço entre o nível de desenvolvimento real, onde a criança está apta a resolver sozinha o seu problema e o momento em que a criança precisa da colaboração de um adulto, obtendo assim uma construção entre a aprendizagem e desenvolvimento.

A Teoria Humanista tem como principal defensor Maslow que acredita na tendência inata que cada pessoa trás em si para se tornar auto-realizadora. De acordo com Maslow as necessidades seriam inatas e deveriam obedecer a uma ordem de satisfação que estão representadas através de uma pirâmide. As necessidades fundamentais estão na base dessa pirâmide e no seu topo as necessidades de auto-realização, as mais elevadas. No entanto, foram apresentadas algumas críticas em relação a esta teoria na medida em que Maslow considera que todos os indivíduos se satisfazem da mesma maneira.


Actividades págs. 41-42

1. A hereditariedade é o factor que define as diferenças entre cada espécie e consiste na transmissão de características biológicas de pais para filhos. As características de cada indivíduo dependem do código genético recebido e o seu desenvolvimento resulta de um processo fisiológico onde a hereditariedade actua após o nascimento.

2. Goddard tentou provar através deste estudo que os factores hereditários estavam na base do desenvolvimento destas duas famílias. Os descendentes dos “bons” Kallikak, vinham de uma família nobre e por isso herdaram uma inteligência acima da média e daí terem conseguido alcançar profissões nobres. Os “maus” kallikak por sua vez descendiam de uma família mais precária e por isso, herdaram uns genes piores. Segundo Goddard, esta segunda família estaria sempre condenada a viver na pobreza de acordo com os estudos da hereditariedade.

3. Com esta afirmação Watson baseia-se na teoria em que o ambiente é o responsável pelo desenvolvimento humano. Não importa a descendência desta criança, mas sim o meio no qual ela vai ser criada. Nesta perspectiva Watson dá extrema importância à forma como o ambiente em questão pode criar um homem de uma maneira ou de outra.

4. Os defensores da hereditariedade poderiam frisar que esta criança teria genes defeituosos daí não ter evoluído como uma criança normal, os defensores do meio ambiente poderiam dizer que ao não ter existido contacto com os da mesma espécie, a criança desenvolveu hábitos e formas animais através dos comportamentos que observou.

5. Em minha opinião a influência do meio é a mais importante. Dependendo de como o individuo é criado, formado e dos comportamentos que observa vai ser o seu desenvolvimento humano para o melhor ou para o pior. É através do ambiente vivenciado que se forma uma pessoa.

6. 1. Discordo; 2. Concordo; 3. Concordo; 4. Discordo Muito; 5. Discordo Muito; 6.Concordo