domingo, 2 de maio de 2010

E-FOLIO B



FICHA DE LEITURA


Referência Bibliográfica Matos, Margarida (2008), Análise Psicológica, A Saúde do adolescente: O que se sabe e quais são os novos desafios. Pág.251-263

Ideias mais relevantes A entrada na puberdade e, consequente desenvolvimento do adolescente, implica alterações nas relações entre si e sociais. É importante que o adolescente perceba os problemas a enfrentar e os riscos que pode correr nesta fase de modificações.

É com a influência da família que os jovens vão aprendendo a lidar com as situações do quotidiano, sendo que nas famílias de baixos rendimentos estes jovens têm uma maior exposição a níveis de violência, disrupção e separação familiar.

Quando há um controlo parental mais democrático, os jovens conseguem atingir melhores níveis de independência, autonomia e maior competência social, pelo contrário, quando o controlo parental é desajustado a criança não consegue desenvolver mecanismos de auto-regulação, nem estratégias de resolução de problemas.

É durante a infância que a criança começa a relacionar-se com os outros e é nessa relação que ela aprende as regras de comunicação e regras de futuras relações interpessoais, como a cooperação e a intimidade. Uma boa relação com os outros está normalmente associada a um bom ajustamento social, escolar e a um sentimento de satisfação pessoal. As práticas parentais também influenciam as relações positivamente, se o ambiente familiar for favorável, sendo um factor de protecção contra comportamentos de risco para a saúde dos adolescentes. É bastante importante que o próprio adolescente participe nas decisões da sua vida, evoluindo de uma dependência para uma autonomia, tornando-se mais responsável e minimizando os comportamentos de risco.

Há que saber escolher as amizades, sendo a qualidade fundamental e quando a presença dos amigos é influência positiva, origina no adolescente auto-estima, crescimento pessoal e adaptação a nossas situações. Ao mesmo tempo há factores com os quais os adolescentes têm de saber distanciar-se, aquando da presença de amigos. Apesar dessa presença ser factor importante para a definição da identidade pessoal e social do adolescente, dos limites pessoais e da regulação de competências sociais, há também a probabilidade dessa relação ser influenciada de maneira negativamente, como o consumo de álcool, drogas ou comportamentos delinquentes.

Em relação à escolha do grupo de amigos por parte dos adolescentes, estes têm em consideração actividades em comum ou elementos da aparência pessoal dos seus constituintes, como por exemplo a música, que actualmente tem bastante influência na vida de um adolescente, nomeadamente usada, entre outras coisas, para um equilíbrio das emoções e afastamento do aborrecimento. Na sua parte negativa, a música também pode ser associada, dependendo do seu estilo, a problemas de violência, discriminação e a comportamentos anti-sociais.

Nos últimos anos as relações entre os adolescentes têm vindo a alterar-se, nomeadamente pela evolução das tecnologias de informação e comunicação. Estes passam cada vez mais horas ligados à Internet, sem se aperceberem que podem correr alguns riscos. Apesar de ser um universo estimulante, que desperta o desenvolvimento pessoal, é defendido por outros que, quando o adolescente se torna dependente destas tecnologias, altera as suas práticas de lazer e das relações interpessoais, levando muitas vezes a um distanciamento físico. Já para não falar que através da Internet, pode-se ocultar e forjar identidades, fazendo-se passar por quem quiser, correndo o risco de se ser enganado. O cyber-bullying também é um conceito relativamente recente, através do qual os jovens são sistematicamente perseguidos por outros através da Internet, criando um mal-estar pessoal e social, levando algumas vezes ao suicídio do adolescente.

São todas estas alterações desde a infância até à idade adulta que ocorrem na vida de um adolescente e é à família e aos promotores de saúde que cabe conseguir ajuda-los, alertando-os através de debates construtivos ou de estratégias superativas dos problemas. Ao nível da Educação é muito importante esta intervenção para que se consiga atingir objectivos, quer de competências pessoais quer sociais, e fazer com que o adolescente enfrente os problemas e se torne um adulto pleno.
Citações fundamentais “Os cenários privilegiados da vida social do adolescente, desempenham um papel importante na construção da sua identidade pessoal e social”. (Caldwell & Darling, 1999, pág. 251)

“Uma relação positiva com a família, com o grupo de pares e com a escola, pode ser considerada um factor protector para comportamentos de risco para a saúde dos adolescentes.”. (Laible & Thompson, 2000, pág. 253)

“Os amigos são uma oportunidade de exploração pessoal, crescimento pessoal, fornecendo um contexto de experiência, desenvolvimento e validação de interesses e expectativas, de ajuda na adaptação a situações novas nomeadamente situações de stress (…)”. (Asher, Parker & Walker, 1996; D’Amico &McCarthy, 2006; Frydenberg, 2008; Merrell, 2008, pág. 254)

“A influência do amigo mais próximo ocorre também na adopção de comportamentos associados ao risco tal como o consumo abusivo de álcool e comportamentos sexuais de risco”. (Prinstein et al., 2001, pág. 254)

“Nos últimos anos, as relações sociais dos adolescentes entre si têm-se alterado em paralelo com a expansão nas nossas tecnologias de informação e comunicação”. (Matos, 2008a; 2008b, pág. 527)
Comentário Pessoal A adolescência, etapa do ciclo vital do adolescente, provoca um conjunto de necessidades ou problemas que exigem uma atenção e uma ajuda permanentes, não apenas por parte da família, mas da escola, dos amigos e dos serviços de saúde.

É importante que cada adolescente tome consciência dos comportamentos de risco a que está sujeito, que partilhe as suas dúvidas e os seus problemas e que consiga chegar a ser um adulto com competências pessoais e sociais positivas.

A adolescência é uma fase na qual o adolescente toma decisões que podem ser cruciais para o resto da sua vida. A vida é um desafio com o qual todos temos de aprender a lidar e a superar as adversidades.




BIBLIOGRAFIA

Matos, Margarida (2008), Análise Psicológica, A Saúde do adolescente: O que se sabe e quais são os novos desafios. Pág.251-263

Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, Porto Editora.

segunda-feira, 29 de março de 2010

E-FÓLIO A

RESUMO

A Psicologia do desenvolvimento é a ciência que se foca na área do crescimento humano. Este processo ocorre ao longo da vida através de mudanças que ocorrem na estrutura de um indivíduo. É através destes processos que se incrementou a noção de estádio, estrutura interna com características próprias determinantes na evolução humana, que vai ser usada em algumas teorias conhecidas. Para o estudo do desenvolvimento humano, alguns estudiosos apontam a hereditariedade, outros o meio e a aprendizagem como principais factores para um bom desenvolvimento. Para Arnald Gesell na sua abordagem, defende que o meio e a experiência vivenciada não são relevantes e que hereditariedade é o factor determinante neste processo (nature). Já a abordagem behaviorista salienta o meio e a aprendizagem como essenciais ao desenvolvimento humano (nurture). Conjugando as duas abordagens, ainda existe uma terceira que valoriza quer factores hereditários e maturativos, quer contextuais e de aprendizagem. Assim surgem várias teorias que abordam o desenvolvimento humano.

Freud apresenta a Teoria Psicanalítica através da evolução da psicosexualidade. Ele defende que a sexualidade está integrada no desenvolvimento desde o nascimento, evoluindo através de estádios, com predomínio de uma zona erógena – região do corpo que quando estimulada dá prazer. Cada estádio é marcado por conflitos entre as pulsões sexuais (libido) e respectivas forças opostas. Para este defensor um dos conceitos mais importante é a existência da sexualidade infantil que envolve todo o corpo e é pré-genital, após o nascimento e auto-erótica sendo que a criança se satisfaz com o próprio corpo. Já Erikson, um outro seguidor desta teoria, desviou-se do foco da sexualidade para as relações sociais. Ao longo do desenvolvimento humano o indivíduo vai passando por situações de crise que podem levar a um desfecho positivo ou negativo. Para a sua resolução tem de haver uma reestruturação e modificação com base em situações anteriormente vividas.

Uma outra teoria que aborda o desenvolvimento humano é a Behaviorista, a qual consiste na explicação do comportamento observável, sem considerar os estados mentais que possam influenciar o comportamento. Para os behavioristas a influência do meio era bastante importante para o desenvolvimento do indivíduo.

Jean Piaget por sua vez impulsionou a Teoria Cognitivista. Nesta teoria o indivíduo possui um património genético e vai tendo a capacidade de se adaptar a novas situações vivenciadas ou seja, uma estrutura biológica tendo a função de adaptar o organismo às exigências do meio. Para que essa adaptação seja feita é necessário que exista uma assimilação, processo de incorporação de novos dados nos esquemas mentais existentes e uma acomodação, reajustamento dos esquemas mentais existentes em função do meio. Estes dois processos têm o objectivo de proporcionar aos indivíduos um estado de equilíbrio entre o meio ambiente e as estruturas mentais. Também Vigostsky defende esta teoria, apesar de salientar o papel da sociedade como fundamental para o desenvolvimento. Este defensor faz referência também à noção de zona de proximidade, isto é o espaço entre o nível de desenvolvimento real, onde a criança está apta a resolver sozinha o seu problema e o momento em que a criança precisa da colaboração de um adulto, obtendo assim uma construção entre a aprendizagem e desenvolvimento.

A Teoria Humanista tem como principal defensor Maslow que acredita na tendência inata que cada pessoa trás em si para se tornar auto-realizadora. De acordo com Maslow as necessidades seriam inatas e deveriam obedecer a uma ordem de satisfação que estão representadas através de uma pirâmide. As necessidades fundamentais estão na base dessa pirâmide e no seu topo as necessidades de auto-realização, as mais elevadas. No entanto, foram apresentadas algumas críticas em relação a esta teoria na medida em que Maslow considera que todos os indivíduos se satisfazem da mesma maneira.


Actividades págs. 41-42

1. A hereditariedade é o factor que define as diferenças entre cada espécie e consiste na transmissão de características biológicas de pais para filhos. As características de cada indivíduo dependem do código genético recebido e o seu desenvolvimento resulta de um processo fisiológico onde a hereditariedade actua após o nascimento.

2. Goddard tentou provar através deste estudo que os factores hereditários estavam na base do desenvolvimento destas duas famílias. Os descendentes dos “bons” Kallikak, vinham de uma família nobre e por isso herdaram uma inteligência acima da média e daí terem conseguido alcançar profissões nobres. Os “maus” kallikak por sua vez descendiam de uma família mais precária e por isso, herdaram uns genes piores. Segundo Goddard, esta segunda família estaria sempre condenada a viver na pobreza de acordo com os estudos da hereditariedade.

3. Com esta afirmação Watson baseia-se na teoria em que o ambiente é o responsável pelo desenvolvimento humano. Não importa a descendência desta criança, mas sim o meio no qual ela vai ser criada. Nesta perspectiva Watson dá extrema importância à forma como o ambiente em questão pode criar um homem de uma maneira ou de outra.

4. Os defensores da hereditariedade poderiam frisar que esta criança teria genes defeituosos daí não ter evoluído como uma criança normal, os defensores do meio ambiente poderiam dizer que ao não ter existido contacto com os da mesma espécie, a criança desenvolveu hábitos e formas animais através dos comportamentos que observou.

5. Em minha opinião a influência do meio é a mais importante. Dependendo de como o individuo é criado, formado e dos comportamentos que observa vai ser o seu desenvolvimento humano para o melhor ou para o pior. É através do ambiente vivenciado que se forma uma pessoa.

6. 1. Discordo; 2. Concordo; 3. Concordo; 4. Discordo Muito; 5. Discordo Muito; 6.Concordo

sábado, 13 de março de 2010

Os dois filhos de Francisco



Este filme é brasileiro, lançado em 2005, onde um pai de família pobre tenta transformar dois dos seus nove filhos em cantores de música sertaneja. A sua trajectória leva à formação da dupla Zezé de Camargo & Luciano.
É um filme que eu adoro onde realça que qualquer sonho, até mesmo os que aparentam ser impossíveis poderão vir a tornar-se realidade.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Psicologia do Desenvolvimento






A Psicologia do Desenvolvimento está associada ao estudo das mudanças que ocorrem no comportamento e no pensamento ao longo de uma vida. Para os Técnicos de Educação é fundamental identificar e descobrir os motivos pelos quais estas mudanças ocorrem e saber intervir de forma mais adequada nas variadas questões psicológicas que acontecem no contexto escolar .






O meu percurso

Nunca tinha feito um blog, na verdade nem tinha pensado nisso, até ao dia em que, através de uma disciplina do curso de Ciências da Educação, tive essa proposta.



De todo o meu percurso de estudante, desde a primária até à minha iniciação na faculdade, e fazendo uma reflexão de todos os anos passados, poderei afirmar com toda a certeza que o meu maior desafio começou este ano lectivo.
Casada, com uma filha pequena e ainda estudante, acreditem que não é uma etapa fácil da vida, mas quando se trata de realizar um sonho que poderá ser benéfico para toda a família, com esforço e dedicação, sobreviverei, embora às vezes não tenha o tempo necessário de que necessitava!


Em relação ao meu estudo, tento ter sempre as leituras em dia, embora nem sempre o consiga. Nos e-fólios tento dar sempre o meu melhor, já que são uma grande preparação para os exames finais.

As formas de trabalho que mais utilizo são:

*Os resumos em que capto as ideias principais e tento reescreve-las através das minhas próprias palavras.

* As citações também sao muito usadas, nomeadamente na elaboração dos e-fólios, estas devem ser sempre transcritas dentro de aspas.

*A bibliografia em que me baseei para a elaboração de trabalhos, onde devemos sempre fazer referência ao autor, nome da obra, volume, editora, local da edição e por fim a data.

* As pesquisas na internet onde é fundamental recorrer a variados sites de modo a que a informação obtida possa ser confirmada, para que não se corra o risco de ser uma informação adulterada.